Chegamos na metade do ano letivo de Hogwarts, momento para conhecermos mais sobre o trabalho que a Grifinória tem executado até o momento. Com a nova Caverna dos Leões, a Grifinória envolveu o máximo de membros comprometidos na união e no crescimento da mesma. Uma das principais e mais evidentes mudanças foi o treinamento para as intercasas, que conta com a colaboração dos próprios grifinos que já participaram da competição. Todos os grifinos podem participar, novatos e veteranos trabalhando juntos por um objetivo único, vejo o trabalho dos griffinos tentando tornar a casa um bom lugar para conviver e aprender sem muita pressão.
Para melhor entender o que é a Intercasas e suas subdivisões, pois são diferentes modalidades para todos os gostos, conversamos com: o responsável por coordenar o treino do torneio, o aluno do sexto ano Athos Wichbest Lancastell, que também é o responsável pelos treinos de quadribol; e Jonhnny Brandt Morelli, aluno do terceiro ano e responsável pelos treinos de duelos, também atua como um dos julgadores de duelos da casa.
May: Athos, poderia começar explicando o que seriam a Intercasas?
Athos: E aí, Snowgirl! Firmeza?! Então, a Intercasas é uma competição baseada em modalidades. Em cada modalidade tem alguns representantes das quatro casas de Hogwarts, que competem entre eles lá. Algumas modalidades são: Maratona de Medicina Bruxa, Maratona de Poções, Torneio de Duelos, Derrubada, entre outras diversas por aí. Os alunos que, na maioria das vezes, se voluntariaram como representantes, devem mostrar aí todo o seu conhecimento sobre o tema apresentado a eles em um espaço de tempo determinado pelo juiz responsável pela prova. Portanto, os voluntários que querem competir devem estar bem preparados e treinados para enfrentar o que vem pela frente. No final, o juiz vai analisar o desempenho de todos e montar um ranking com as classificações de todos. O primeiro lugar, obviamente, leva a maior pontuação para a casa; o segundo uma pontuaçãozinha moderada; o terceiro leva alguma coisa também; e o restante faz aí uma mixaria simbólica como prêmio de consolação, além das bonificações que são até bem legais! Eu acredito que, como todo ponto é bem-vindo pra somar na pontuação final, até mesmo as mixarias de consolação já servem como uma participação de sucesso.
May: Continuando a pergunta, como você encarou o desafio de não apenas coordenar uma modalidade, mas gerenciar todos os treinos? Qual tem sido a sua análise dos treinos até o momento?
Athos: Eu me senti demais! Na verdade, gosto de desafios e este está sendo muito bom. Responsabilidade não é o meu forte, você me conhece dentro da sala de aula, não vai me deixar mentir, mas eu tenho tentado colocar um esforcinho para que as coisas não desandem, mesmo que alguns vagões desse trem já estejam um pouco tombados. *Rindo de nervoso.* Eu busco fiscalizar os treinos, observar o desempenho dos candidatos a competidores, também fiscalizo a minha equipe. Dou a eles liberdade para criarem um treino interessante e chamativo. E os feedbacks veem dos próprios grifinos que fazem seus treinos. Já a minha análise até o momento é de que eu confio na equipe que eu montei e, até então, poucos me decepcionaram, o que é inevitável, mas grande parte está de parabéns! Eu vejo no desempenho deles um feedback pessoal para mim mesmo, que sou o líder deles, e confesso que posso melhorar. Estou otimista que uma conversa, talvez uns puxões de orelha, possam colocar esse expresso nos trilhos a todo vapor.
May: Jonhnny, duelos podem deixar alguns grifinos um pouco receosos em participar devido as regras e o próprio medo de se expor e fracassar, mas o que pode dizer, como incentivo, para os nossos grifinos leitores?
Johnny: May, duelos é um vício! Eu sei que sempre bate aquele medo nos novatos em começar a duelar, principalmente quando veem os treinos que desenvolvemos em locais abertos. É algo fantástico duelar, e graças ao novo formato de organização dentro da Grifinória isso se tornou possível para todos. Ninguém precisa ter medo de fazer parte da nossa Liga de Duelos, ela serve justamente para propiciarmos aos grifinos a possibilidade de aprender de uma forma lúdica e interativa. Acho que a palavra que passa a todo tempo em nossas cabeças quando vamos desenvolver os treinos é APRENDIZADO. Hoje na Caverna nos procuramos chamar tanto os novatos que as vezes se sentem deslocados e perdidos e até mesmo os veteranos que nunca deram uma chance a essa maravilhosa arte que é duelar. O importante é querer fazer parte, o resto a gente aprende com o tempo...
May: Quadribol atrai muitos competidores, como gerenciar essa euforia inicial? Qual a dica máxima para um aspirante a jogador de quadribol?
Athos: Pessoalmente, o quadribol é uma paixão! Quando eu entro em campo, eu procuro dar o melhor de mim e é isso que eu tento incentivar nos meus jogadores. Quadribol pode ser atraente à vista de muitos, mas na prática, apesar de estar ao alcance de todos, poucos se colocam à prova. Esta euforia inicial vem justamente da maravilha que pintamos, por ser um esporte divertido e emocionante. Eu afirmo, com todas as palavras, que é incrível sentir a adrenalina de quando se está em campo, batalhando pela vitória. É uma experiência única. Mas para chegar lá, como todas as metas sonhadas, existe um caminho tortuoso e cheio de obstáculos pela frente. Eu busco conter esta euforia dos iniciantes, jogando a realidade para eles. Quadribol é fantástico? É! Mas não é da noite para o dia que você vai chegar onde os maiores jogadores, como o nosso diretor tio Sam, ou a eterna tia Ginn, estão. Então a minha principal dica é: paciência, nada de ir com muita sede ao pote, você vai sim enfrentar jogadores melhores, mais experientes e mais bem treinados que você, mas é com eles que você tem que aprender a se superar; e treino, muito treino, porque, pode parecer clichê, mas é a pura verdade que a prática faz a perfeição. Depois do tombo, da uma risada de nervoso, dizendo que "não foi nada", sobe de novo na vassoura e faz melhor.
May: Johnny, na sua opinião qual a importância dos treinos para a intercasas? E por que decidiu ser um dos coordenadores?
Johnny: Bom, os treinos são desenvolvidos para serem o mais próximo possível de situações reais. Pelo menos na parte dos duelos eu e o restante da liga pensamos muito nisso. O aprendizado adquirido nos treinos para duelos não será útil apenas no Intercasas, mas é algo que pode salvar a sua vida em uma situação da vida adulta. Conhecimento nunca é demais e sempre tento pensar os treinos para uma melhor performance dos nossos alunos no Inter. Eu participei no meu primeiro ano da Maratona de Trato de Criaturas Mágicas e foi aterrorizante não ter me preparado antes, consegui alcançar o terceiro lugar geral e foi uma sensação ótima tanto para mim quanto para a casa. Quero, com os treinos em duelos, poder proporcionar a todos que tiverem o mínimo interesse, a possibilidade de sentir o quão gratificante é representar a nossa amada Grifinória. Foi por esse sentimento que resolvi me tornar coordenador da área dos duelos. Faço parte do Clube de Duelos de Hogwarts coordenado pela tia Ninive, motivado pela forma com que ela lida com o Clube e como ela nos inspira a sermos bons duelistas foi que eu me ofereci para ajudar a Grifinória nessa parte voltada para treinos de duelos. E cá pra nós... Não pretendo sair dessa função tão cedo. [risos]
May: Para finalizar, gostaria que cada um falasse um pouco sobre os desafios que enfrentaram ou enfrentam. Deixem seus recados para aqueles grifinos que ainda não participaram de nenhuma modalidade, suas considerações finais.
Athos: Os desafios estão em todos os lugares. Eu mesmo enfrento o todo dia o desafio de ter que sair da cama, e sempre me arrependo da decisão. Mas o legal é que eles nos ensinam alguma coisa. Como num jogo: você superou o desafio, agora vem a sua recompensa. Na maioria das vezes são apenas experiências, mas você consegue tirar boas memórias delas. Eu encorajo esses grifinos a participarem dos treinos, e a competirem, porque o tempo passa e se não for agora, não vai ser mais. Quando chegarem aos últimos anos em Hogwarts e estiverem prestes a se formar, olharão para trás e se arrependerão de não terem feito nada além de aulas, nada que marcasse sua presença na escola e toda a diversão perdida por puro medo. Esses sete anos são uma tela em branco que vocês precisam preencher com seus sonhos. Então façam eles acontecerem. ~ Falei bonito agora, não falei?! Você provavelmente nunca mais vai me ver falando assim de novo! -q' É isso aí! Até mais cambada! E bora levantar a bunda da cadeira, gente! \o/
Johnny: Eu estou no terceiro ano ainda, nunca fui a campo aberto para testar todas as teorias que tenho. Minha vida na verdade é bem sem graça [risos]. Mamãe é professora no Castelo Bruxo e papai deixou o Ministério Brasileiro de Magia para trabalhar com os trouxas, tenho um Crupe (Kerberus) e um Amasso (Eriol) e cuido da Liga de Duelos junto com outros amigos. Vida bem pacata. Gosto de DCAT e Feitiços, não tenho muita destreza com vassouras e tal. Mas acho que estou falando muito de mim, né. [risos] Mas é isso, May! Queria deixar meus agradecimentos a você por essa oportunidade de mostrar um pouco o que penso sobre essa nova Grifinória, expressar meu amor por duelos e gostaria de deixar um convite a todos os grifinos que nunca fizeram treino, seja em duelos ou em qualquer outra modalidade. Nós precisamos de vocês! Por mais que nós coordenadores tenhamos afinco em defender a casa, também é papel de cada um de vocês. Quem sabe atrás de toda essa timidez e receio não existam excelentes mestres em poções, ou em Medibruxaria, duelistas excepcionais ou que mandem muito bem em rimas? Já testou jogar um pouco de quadribol e ver como você se sai? Pois é! São várias oportunidades de defender nossa casa. Não seja trouxa e perca essa chance de ser alguém melhor do que você já é! Vem com a Grifinória!
Essa que vos escreve também atua como responsável pelos treinos de Poções, uma matéria que é odiada e amada na mesma intensidade, mas garanto que com um pouco de estudo tudo torna-se mais claro. Convido a todos os grifinos a juntarem-se a esse time para crescermos juntos, a troca de experiências é tão enriquecedora quanto a competição em si. O nosso maior prêmio é fortalecer os laços de amizade entre os leões e leoas da casa, a vitória é apenas a consequência do nosso trabalho.
Escrito por: May Stackhouse S. Hool