(Des)Controle nas Aulas



Por Dylan Alborne Looken

Maldições imperdoáveis receberam esse nome no ano de 1717, conhecidas mundialmente como: Maldição da Morte, Maldição Imperiatus e Maldição Cruciatus. O Ministérios considerou imperdoável o bruxo que usasse desses feitiços e iriam direto para a prisão de Azkaban em uma sentença perpetua. No entanto, há uma exceção para se usar tais maldições: Tempo de Guerra. 

Historicamente falando a liberação das Maldições Imperdoáveis juntamente com a prática da magia negra pode ser usado pelos aurores em tempo de guerra, um ato que faria eles igualarem os poderes usados. Não obstante, sem o Ministério da Magia para julgar o que é certo e errado uma desornem estrutural começou, mas não vamos falar do caos que a sociedade bruxa vive, vamos falar sobre a nossa própria situação alunos de Hogwarts. 

Faz algumas gerações que as detenções dos alunos passaram a ser menos severas, sem torturas físicas ou trabalhos muito complexos que comprometessem a integridade física dos alunos. Com a chegada de uma nova diretora (autoproclamada) Hogwarts passou por mudanças, não apenas em suas regras severas quanto aos horários, mas com a liberação de aulas práticas mais arriscadas. 

Hogwarts sempre manteve aulas coerentes com a idade e força mágica dos alunos, no entanto, Nyx não viu problemas em deixar as coisas mais realistas. Algumas criaturas mágicas que antes eram expostas de maneiras teóricas ou com bonecos animados passaram a ser reais nas aulas de TCM. Plantas venenosas antes meramente citadas passaram a ser usadas em aula, inclusive testando sua periculosidade nos próprios alunos, que são envenenados ou mordidos em plena aula. 

Talvez os casos mais chocantes estejam nas aulas de DCAT, alunos do segundo ano tendo que enfrentar bizarras mutações em criaturas mágicas. Ou pesadelos tão reais que poderiam levar um aluno a ter insônia e tremores noturnos. Nyx fazia simulações reais com seus alunos, os forçando ao limite em duelos e estratégias. O que mais chamou a atenção foi a prática das maldições imperdoáveis na frente dos alunos em um ser humano real, o choque emocional e a grande carga podem deixar um aluno do quarto ano com problemas emocionais. 

Qual o objetivo de tais aulas? Alguns podem afirmar que é uma preparação para a guerra, como se crianças pudessem mesmo estar preparadas depois de longos meses de terror psicológico. Podem até aprender a não confiar em ninguém e aprender que nenhum lugar é seguro. Hogwarts costumava ser um lugar para chamar de lar, mas nesse ano temos um lugar para chamar de campo de concentração, somos peões para uma guerra iminente? Todos os anos os docentes falam a mesma ladainha: Vocês precisam se preparar para o mundo real. Sim, é inegável que a guerra bate em nossos portões, e vamos ter que usar todo o arsenal de feitiços e conhecimentos adquiridos, mas a que preço? 

Noutra matéria dessa mesma edição falamos sobre saúde, um dos pontos é a saúde mental dos alunos. Não sou contra nos prepararmos para enfrentar o mal, mas os docentes precisam preparar melhor suas aulas. Terror psicológico não é algo que ti prepare para algo, somos adolescentes e não crianças que não entendem o perigo, podem e devem falar conosco de maneira mais clara. Docentes não são deuses!