Consequência da Guerra pt.1


Por Pantera Escarlate

[Nota do editor: Essa é a primeira parte sobre consequência de guerra, achamos por bem colocar em duas matérias para não ficar extensa demais e assim abordar mais alunos.]

Mais um ano letivo chega ao fim, e com ele, o estresse com as provas finais. Porém, as provas não são as únicas preocupações de uma parcela dos estudantes. O fim do ano letivo pode significar férias e diversão para alguns, mas também encontrar um cenário caótico com a guerra entre trouxas e bruxos. Dessa maneira, entrevistamos alguns estudantes residentes das Ilhas Britânicas e suas opiniões como refugiados de guerra.

Em nossa conversa, os estudantes que toparam participar dessa entrevista foram Clara Cahors Rietmann, Clara Schmidth Gremory, Desmond Lawford, Liz A. Alecssander, Storm Kofod e Wilian W. Dragon Gremory. Desde já, agradecemos aos nossos colegas pela disponibilização de tempo nesse período final, o carinho com que responderam, assim como o apoio ao jornal. 

Minha primeira pergunta foi sobre o local onde moram, sendo um vilarejo comum à famílias bruxas ou não:

Clara R: Eu moro em um bairro misto de Londres, na Inglaterra, possui trouxas e bruxos.
Clara G: Moro com minha família na Inglaterra, mas especificamente Godric’s Hollow. É uma localidade mista.
Desmond: Na Babbitty, a Coelha. É um orfanato bruxo situado em Godric's Hollow.
Liz: Moro no Castelo Alecssander, em Dublin na Irlanda.
Storm: Antes dos ataques eu morava na Inglaterra, em Queerditch. Como tiveram que fechar o Reino Unido, nos mudamos pra Dinamarca que é onde meu pai nasceu.
Wilian: Em Ottery St. Catchpole. Pode-se dizer que é um local bastante misto, mas vivo entre vizinhos bruxos, então é bastante confortável e seguro.

Em seguida, questionei se suas famílias estavam em segurança e se haviam sido afetados diretamente pela guerra:

Clara R: Minha mãe foi sequestrada e meu irmão mais velho precisou fugir, ela era ministerial e ele auror... Eu e meu irmão mais novo ficamos em tutela de minha avó e tias.
Clara G: Após a morte do meu avô, que ocorreu no ataque dos Vipers na Galeria Grogan Stump, minha família se colocou sob extrema segurança. Minha avó, atual matriarca da família, tem redobrado os cuidados, o que deve ter garantido a segurança da maior parte da família.
Desmond: Bom, eu não possuo parentes próximos, tanto que vivo no orfanato. Entretanto, antes do início da guerra era bem seguro e o orfanato chegava a ofertar diversas ações que estreitassem os laços entre bruxos e não-bruxos, sem que soubessem a verdade. Atualmente o orfanato encontra-se meio que ilhado, pois não possui mais nenhum tipo de apoio do Ministério da Magia ou qualquer outro ente mágico. Deste modo, é muito mais inseguro se viver por lá.
Liz: Minha família estava segura sim. Por Merlin, não fomos diretamente afetados e estamos conseguindo lidar bem com as aversões que surgem em nosso caminho.
Storm: Sim, estávamos em segurança, mas quando meus pais viram que estava tudo indo longe demais, eles criaram um plano para sairmos do país. Eu já ia reprovar, então só a minha irmã ficou após o ataque em Hogwarts.
Wilian: Estavam e não fomos afetados diretamente, tomamos certas medidas para que isso não acontecesse.

A terceira pergunta foi sobre como imaginavam que suas famílias estariam e o que esperavam encontrar em casa:

Clara R: Eu espero encontrar minha mãe Heide, meu irmão Thomas e meu caçula o Pav, em casa e em segurança. Quero voltar a passear e ir às compras, se divertir como fazíamos antes de tudo isso.
Clara G: A parte da minha família, que possuo contato sempre foi muito unida. Todos devem estar, certamente, bem. Porém, não é possível negar os sentimentos de saudade e preocupação. Espero que todos estejam bem, que tenham conseguido se redescobrir assim como eu.
Desmond: Bom, ele espera não encontrá-los. ~humor mórbido~
Liz: É um pouco difícil imaginar como as coisas estão agora, tudo está de cabeça para baixo. Mas acredito que eles estão lidando bem com essa confusão, minha família é muito perseverante e forte. Queria encontrá-los mais unidos. Às vezes o foco no trabalho acaba afastando-os demais.
Storm: Meus pais e irmãos não falam muito por cartas, só informam que estão bem. Meu pai era auror, então ele cuida de nós sem passar muita informação. Tanto que nem sei onde fica nossa casa atualmente.
Wilian: Sinceramente?  Não estou esperando por nada, nesses tempos não gosto muito de criar expectativas, mas acredito que devo estar preparado para o pior e quem sabe para o melhor.

Com o fim das provas chegando, os entrevistados responderam se estavam prontos para voltar para casa:

Clara R: Sim! Preciso das minhas coisas urgentemente! Do meu quarto e do meu espaço! Mas sentirei saudades de algumas pessoas.
Clara G: Por incrível que pareça, Durmstrang me ensinou muitas coisas. Passei por momentos difíceis e também pelos mais felizes, que sempre ficaram na minha mente. Entretanto, voltar para casa é sempre reconfortante. Talvez pronta só não seja a palavra ideal.
Desmond: Entre Durmstrang e Babbitty, o orfanato, realmente é um leque de possibilidades um tanto quanto problematizantes e traumáticos. Sim, eu estou pronto para regressar com a esperança de que no próximo letivo, de algum modo, eu retorne para Hogwarts.
Liz: Prontíssima. No geral me dou muito bem nos estudos, então não tenho muitas preocupações nesse sentido. Não vejo a hora de estar em casa com as pessoas que amo, apesar de que talvez acabe por sentir falta de Durmstrang.
Storm: Não vejo a hora de sair de Durmstrang. O mais cedo melhor.
Wilian: Com toda certeza, é o que eu mais quero, esse ano foi um tormento, tudo o que eu queria era minha Hogwarts de volta.

Por fim, pedi aos nossos entrevistados que definisse o ano letivo em Durmstrang em uma frase:

Clara R: Um coração de gelo.
Clara G: Às vezes você faz as escolhas na vida, e às vezes as escolhas fazem você.
Desmond: Durmstrang é um dos piores locais em que já ousei tocar meus pés.
Liz: O Instituto de Durmstrang é aconchegante para aqueles que aceitam sua frieza.
Storm: Frio, não só o clima, mas principalmente as pessoas.
Wilian: Rigoroso e cansativo.

E é aqui que encerramos a entrevista, que serviu para mostrar um pouco sobre a visão dos jovens refugiados. Foram respostas profundas, muitas até surpreendentes, mas que mostra o quanto nossos colegas amadureceram nesse conflito. O sentimento de solidariedade é único, assim como encontrar nossos familiares seguros e uma guerra finalizada. Gostaria de agradecer novamente a todos que responderam, além de desejar, tanto a eles quanto a você leitor, um bom fim de provas e um bom reencontro com seus familiares.